Filha de pais cabo-verdianos, Mayra Andrade nasceu em
Cuba, viveu pelo mundo e aos 17 anos estabeleceu morada em Paris. A estreia com
‘ navega' foi êxito global: Prémio da crítica alemã para o Melhor Álbum
Revelação; prémio BBC Rádio 3 Novo Talento (o mesmo feito da fadista mariza) e
o Cubadisco Internacional. Aos seis anos, Mayra foi com a mãe e o padrasto, na
época embaixador de Cabo Verde, viver no Senegal e depois em Angola e na
Alemanha.
Aos 15 anos, e de
volta a Cabo Verde, cantou em público pela primeira vez, no âmbito do disco
‘Cap Vert l'enfant (vol. I)'. A estreia profissional foi sucesso junto da
crítica e do público: ‘Navega' vendeu mais de 80 mil cópias.Depois de “Navega”,
“Stória, Stória” e “Studio 105”, lançou, no final de 2013, “Lovely Difficult”,
um disco diferente dos primeiros que mostra a sua maturidade e evolução e que
já foi chamado de pop tropical.
A sua identidade muito própria e o seu percurso (que se
diferencia no panorama da música cabo-verdiana) levaram-na a conquistar os
palcos dos quatro cantos do mundo.
Tinha 16 anos quando atuou pela primeira vez em Portugal,
em representação da nova geração da música cabo-verdiana, e desde então a sua
relação com os portugueses sempre foi próxima. Hoje, com quase 30 anos, Mayra
Andrade não poupa elogios ao nosso país, de tal forma que equaciona mudar-se
para cá quando deixar Paris, onde vive há 12 anos.
Andrade começou a atuar em várias regiões de língua
portuguesa, incluindo as cidades cabo-verdianas Mindelo e Praia, bem como
Lisboa.
Em 2011, ela colaborou com Trio Mocotó na faixa
"Berimbau" para o álbum de caridade mais recente da Red Hot
Organization "Red Hot + Rio ." O álbum é um seguimento para o
"Red Hot + Rio" de 1996.
Andrade afirmou que seu quarto álbum, Lovely Difficult,
lançado em novembro de 2013, é menos tradicional do que seus três primeiros
esforços e mais pop, com colaborações com artistas dos Estados Unidos, Israel,
França e Inglaterra e músicas em português , Crioulo cabo-verdiano, francês e
inglês.
A cabo-verdiana de 31 anos assume que não vive só através
da música e que gosta de estar temporadas sem cantar, compor ou fechada no
estúdio.Mayra Andrade, que vive em Lisboa desde novembro, disse estar rendida à
capital portuguesa.
Encontrou a sua casa em Portugal. Sinto-se bem. Em casa.
Percebeu que não conhecia bem Lisboa quando começou a procurar casa. Acreditava
muito no potencial de Lisboa e que podia ser feliz cá.
A sonoridade pop de Mayra Andrade abrange o mundo
inteiro: vai do romantismo ocidental até à sensualidade do sul, de um reggae
europeu a uma África em três compassos. É uma pop tropical e viajada, que
reflete a vida da cantora. A sua voz é uma mistura de tons radiantes e
dançantes, de batidas aveludadas e melodias apimentadas, e as suas canções
invocam um verão eterno que dispersa névoas e arrepios, mas que nunca recorre
ao brilho fácil do exotismo. Cantadas em crioulo cabo-verdiano, inglês,
francês e português, as canções de Mayra Andrade transportam-nos na sua
imprevisibilidade quente e aventureira. Na sua atuação na Fundação Calouste
Gulbenkian, será acompanhada por Sophie Fustec (teclados), Nenad Gajin
(guitarra), Remi Sanna (bateria) e Regis Therese (baixo elétrico).
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