Nha Nácia Gomi, uma das maiores referências culturais de Cabo Verde

Uma “biblioteca” da sabedoria
popular, Nha Nácia faleceu aos 86 anos de idade, depois de uma vida dedica ao finaçon e ao batuque.
A história de Nácia Gomi é, toda ela, admirável. Aos dois anos, reza a história, Maria Inácia Gomes Correia já cantava, mesmo antes de saber falar.
A história de Nácia Gomi é, toda ela, admirável. Aos dois anos, reza a história, Maria Inácia Gomes Correia já cantava, mesmo antes de saber falar.
Os mais velhos de S. Miguel, concelho
onde nasceu a rainha do finaçon em 1925, advertiram os pais para que
dispensassem atenção especial à menina, porque aquilo era bênção de Deus.
E assim assumiu Nácia o seu
destino de grito cabo-verdiano. Cantava de improviso, narrava crónicas,
ensinava história, apresentava filosofias, recitava poesia, tudo a uma só voz
de analfabeta letrada. Representou Cabo Verde em vários países e eventos do
Mundo, entre eles a Expo Sevilha 92, Lisboa 98, e na Smithsonian Institute.
Com
três discos gravados e várias participações, vivia em Santa Cruz, com as suas
filhas, netos e bisnetos.
Deixou-nos a mulher, mas para
a eternidade ficam as relíquias que ela gravou a solo ou com outros artistas,
como “Finkadu na Raiz”, “Fernandi Sosa”, “Pensa Mundo”, “Busca Meio”, “Bota
cana”, “Parida”, “Balança côxa”, “Santa Catarina” e “S. Simon d’Ajuda”.
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